quarta-feira, 6 de outubro de 2010

E se o menino quiser ir pro ballet, qual o problema?


Geralmente, notamos em alguns meninos a inclinação para a dança, especificamente o ballet, porém através da barreira imposta por nossos pré-conceitos, impedimos ou boicotamos o desenvolvimento deste talento.
É exatamente o rompimento desta barreira que nos coloca o filme “Billy Elliot” ao nos apresentar a história de vida do Billy, que através da professora, descobriu seu talento para o ballet, rompeu barreiras e trocou as luvas de boxe pelas sapatilhas de ballet.
Esse filme nos traz um tipo de preconceito encontrado nas escolas que têm oficina de ballet – apenas os pais das meninas são comunicados e os meninos são afastados desse ambiente, que por sua vez, tem uma decoração bem feminina. Na escola de Billy, pude perceber a ausência de preconceito pelas cores das roupas das bailarinas (preto e branco) e pelo ambiente clássico, onde o que prevalece é a vontade de dançar.
Vale a pena assistir o filme porque ele nos mostra que é possível modificar os valores impostos por nossa sociedade “normal” e que, o que aparece muitas vezes como diferença, não é tão diferente assim, partindo do ponto em que “TODOS SOMOS DIFERENTES (inclusive gêmeos, irmãos, pais e filhos, etc.), e a nossa semelhança, o que nos torna iguais como seres humanos, é o fato de cada um de nós ser o dono de sua própria história, sentimentos e carga genética, é exatamente nesses três fatores que encontramos o princípio da diferença. Podemos até ter a mesma cor de olhos de alguém, gostar das mesmas músicas, cursar a mesma faculdade, mas isso não nos torna iguais ou normais, continuamos sendo diferentes!
Quando circulamos pelos corredores de instituições educacionais é muito comum ouvirmos pessoas falando em normalizar, moldar, vigiar atitudes e punir, até poderia considerar esse fato cômico se não fosse trágico: uma sociedade pós-moderna esqueceu-se de evoluir e infelizmente, ainda opuvimos a mesma pergunta: homem que dança ballet é homossexual?

Contudo, espero com essa postagem, ter instigado o leitor a refletir acerca da importancia de olharmos para além do banal, além dos preconceitos engessados pela sociedade moralista.
(Nossas diferencas nos aproximam)

" A aceitacao e o respeito `as diferencas deve estar presente em todos os espacos e contextos sociais, mas acredito que para falar de diferencas, em primeiro lugar, devemos nos aceitar e nos entender, de fato, como diferentes". Ana Paula Pedron, 2010.
Nossos olhos sao da mesma cor!


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