quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Você conhece...


Bernard Charlot?


Em seu livro a Mistificação Pedagógica, ele dá ênfase a igualdade de chances, pois o problema não são as chances, mas sim a igualdade, pois todos não são iguais, todos não partem do mesmo pé de igualdade.

Refletindo com Charlot:

" A escola camufla todo o lado social pra por a culpa no indivíduo".

"A educação é política. É um processo individual e um fenômeno social".

"Muitos jovens gostam de tudo na escola, menos dos professores e das aulas. A escola apresenta hoje uma proposta que desagrada os alunos: são perguntas elaboradas para que o estudante não saiba responder, provas com muita frequência, em vez de uma avaliação continuada, com trabalhos feitos no dia a dia. DESSA FORMA A ESCOLA NÃO PODE REPRESENTAR UM PRAZER, MAS HUMILHAÇÃO E FRACASSO."

"Não tenho um educador cujo trabalho eu possa destacar. O VERDADEIRO HERÓI É O PROFESSOR NORMAL, AQUELE QUE CONSEGUE FAZER COM QUE O ALUNO APRENDA. ISSO É O FUNDAMENTAL".

TODOS SOMOS NECESSÁRIOS...


Dica interessante para aqueles que se interessam pelas questoes ambientais!

Consciência com ciência!


Educação ambiental... passe adiante!


Respeitar a vida é respeitar a natureza!
Sem natureza, não há vida. Pense nisso!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): atualização profissional — um direito do professor, um dever do Estado.

Se gundo Paulo Renato Souza, ministro da educação e desporto, o objetivo dos Parâmetros é auxiliar os professores na execução de seu trabalho, compartilhando seu esforço diário de fazer com que as crianças dominem os conhecimentos de que necessitam para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade. Fazendo a leitura dos PCNs, perceberemos que foram elaborados de modo a servir de referencial para o trabalho docente, respeitando a concepção pedagógica própria do professor e a pluralidade cultural brasileira, contudo eles são abertos e flexíveis, podendo ser adaptados à realidade de cada região.

Porém, só alcançaremos isto, de fato, se oferecermos à criança brasileira pleno acesso aos recursos culturais relevantes para a conquista de sua cidadania. Tais recursos incluem tanto os domínios do saber tradicionalmente presentes no trabalho escolar quanto às preocupações contemporâneas com o meio ambiente, com a saúde, com a sexualidade e com as questões éticas relativas à igualdade de direitos, à dignidade do ser humano e à solidariedade.

Nesse sentido, o propósito do Ministério da Educação e do Desporto, ao consolidar osParâmetros, é apontar metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres.

Os Parâmetros são instrumentos úteis no apoio às discussões pedagógicas em escolas, na elaboração de projetos educativos, no planejamento das aulas, na reflexão sobre a prática educativa e na análise do material didático. Então, eu lhe pergunto:

- Existe um real conhecimento deste documento de formação profissional, por parte dos professores ou será que ele é bibelô de prateleira e alimento pras traças?

Uma leitura calma e reflexiva dos PCN nos faz sonhar com uma educação perfeita, onde as pessoas compreendem o sentido da vida, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.

O conhecimento pleno destes parâmetros me levou (em pensamento) para o extremo norte do continente americano, especificamente a cidade de Montréal (Canada), onde vivi uma experiência muito rica de reeducação ambiental. La as crianças aprendem a calcular, ler, escrever, desenhar dentre outros, a partir do meio ambiente, pois é através da natureza, fonte da nossa vida, que elas começam a entender o sentido da vida, de onde vêm as coisas, da importância de respeitar os oceanos, os animais (racionais e irracionais), as arvores, as plantas, em suma, os ecossistemas.

As duas fotografias abaixo ilustram o que descrevi acima: na primeira, as crianças estão limpando os canteiros e a frente da escola, para plantar a flor que eles escolheram e compraram (sim, eles foram com a professora na floricultura comprar). A segunda imagem mostra o canteiro pronto, para os alunos descreverem e desenhar o desenvolvimento das flores em suas planilhas, entre uma foto e outra, cabe ressaltar que os alunos trabalharam especificamente com duas disciplinas: geografia, quando realizaram o estudo do solo, o país de origem das plantas e o trajeto que elas percorreram para chegar até lá e, ciências, onde eles observaram as minhocas e outros bichos microscópios (que encontraram enquanto cavavam para plantar) no laboratório e depois os devolveram para seu habitat, pois em estudo, descobriram a importância deles para o solo.



Fotos by Ana Paula Pedron - Montréal - Canada

Bons exemplos sempre são benquistos e podem ser seguidos sem cerimônia. Após conhecer os parâmetros curriculares, percebi que temos acesso a uma formação nivelada ao primeiro mundo, é uma pena que muitos desconheçam e permaneçam apegados nas regras tradicionais, no imutável. Todavia, estou convicta de que cabe a nós, educadores e futuros educadores, a divulgação e exploração deste material rico em informações e esclarecimentos acerca de cada área docente.


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

E se o menino quiser ir pro ballet, qual o problema?


Geralmente, notamos em alguns meninos a inclinação para a dança, especificamente o ballet, porém através da barreira imposta por nossos pré-conceitos, impedimos ou boicotamos o desenvolvimento deste talento.
É exatamente o rompimento desta barreira que nos coloca o filme “Billy Elliot” ao nos apresentar a história de vida do Billy, que através da professora, descobriu seu talento para o ballet, rompeu barreiras e trocou as luvas de boxe pelas sapatilhas de ballet.
Esse filme nos traz um tipo de preconceito encontrado nas escolas que têm oficina de ballet – apenas os pais das meninas são comunicados e os meninos são afastados desse ambiente, que por sua vez, tem uma decoração bem feminina. Na escola de Billy, pude perceber a ausência de preconceito pelas cores das roupas das bailarinas (preto e branco) e pelo ambiente clássico, onde o que prevalece é a vontade de dançar.
Vale a pena assistir o filme porque ele nos mostra que é possível modificar os valores impostos por nossa sociedade “normal” e que, o que aparece muitas vezes como diferença, não é tão diferente assim, partindo do ponto em que “TODOS SOMOS DIFERENTES (inclusive gêmeos, irmãos, pais e filhos, etc.), e a nossa semelhança, o que nos torna iguais como seres humanos, é o fato de cada um de nós ser o dono de sua própria história, sentimentos e carga genética, é exatamente nesses três fatores que encontramos o princípio da diferença. Podemos até ter a mesma cor de olhos de alguém, gostar das mesmas músicas, cursar a mesma faculdade, mas isso não nos torna iguais ou normais, continuamos sendo diferentes!
Quando circulamos pelos corredores de instituições educacionais é muito comum ouvirmos pessoas falando em normalizar, moldar, vigiar atitudes e punir, até poderia considerar esse fato cômico se não fosse trágico: uma sociedade pós-moderna esqueceu-se de evoluir e infelizmente, ainda opuvimos a mesma pergunta: homem que dança ballet é homossexual?

Contudo, espero com essa postagem, ter instigado o leitor a refletir acerca da importancia de olharmos para além do banal, além dos preconceitos engessados pela sociedade moralista.
(Nossas diferencas nos aproximam)

" A aceitacao e o respeito `as diferencas deve estar presente em todos os espacos e contextos sociais, mas acredito que para falar de diferencas, em primeiro lugar, devemos nos aceitar e nos entender, de fato, como diferentes". Ana Paula Pedron, 2010.
Nossos olhos sao da mesma cor!